Tudo se perde no
veneno dos teus olhos
No vermelho da tua
boca
Na frieza do abraço
Na distância do
querer
Tudo se perde na
angústia do desejo
Nas entrelinhas do
acaso
No desmerecimento da
devoção
Na decepção onde não
cabe mais você
Eu me perco nas
lembranças bem vividas
No gosto de um pouco
mais de tudo que sobrou
Eu me perco na
descrença de um sonho
Na limitação de uma ideia
persistente
Eu me perco querendo
fugir do teu fantasma
Querendo mentir que
não me assombra
Perco-me quando
penso, quando invento
Perco-me na tua
ausência e me curo no calor de outros braços.
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