sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
EPITÁFIO
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
OPACO
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
TER DE VOLTA
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
A JANELA DO QUARTO
quinta-feira, 19 de abril de 2012
O DIFERENTE
quarta-feira, 18 de abril de 2012
SOB MEDIDA
terça-feira, 17 de abril de 2012
INCONSTANTE
Tudo é sempre muito inconstante
Os amores, as revoltas, as conquistas
Está tudo sempre se renovando
E ao mesmo tempo está tudo sempre voltando
Você não tem o mesmo sorriso de quando criança
Não tem a mesma pureza, nada tem o mesmo sabor
Você cresce e desaprende a amar
Você vive dando valor ao que te parecia confuso quando era jovem
Você vive sofrendo por ter crescido
Você vê graça naquilo que não possui
E quando possui, já perdeu a cor
E você se torna escravos de seus desejos
Ta tudo muito inconstante
Você não sabe o que tem mais valor
O carro do ano e o amor de sua vida ocupam o mesmo espaço
Você acha que generosidade te da direitos
Você cobra o perdão e põe preço na bondade
Você vive lutando contra aquele que é seu irmão
A paz é discutida, mas não é praticada
Você nasce sem saber e morre sem aprender
A vida lhe mostra caminhos
Você se torna inconstante.
CATIVANDO SONHOS
domingo, 15 de abril de 2012
VÍCIO
VESTÍGIOS
sábado, 31 de março de 2012
HISTÓRIA DE AMOR
terça-feira, 27 de março de 2012
MUNDINHO
sábado, 24 de março de 2012
AMOR DE PIERROT
Quero saber do teu dia
Dos teus vícios e das tuas vaidades
Quero saber a hora em que vai dormir
E se vai pensando em mim
Quero saber de cada vazio
Ocupar-me de cada espaço
Tentar descobrir um jeito de ser
Uma maneira de agir que te faça querer
Seria tão cruel se estivesse me envolvendo
Com a certeza que teu coração nunca será meu
É como se apegar a fagulhas de fogo
A um vento veloz que passa cortante
Não quero te implorar um carinho
Pra provar que posso te fazer bem
Não quero ser teu Pierrot apaixonado
Que vive a esperar pelo amor que não vem
Mas na verdade sei que na primeira lágrima
No primeiro vestígio de mínima fraqueza
Assinarei minha sentença de morte
Por deixar em teus braços minha própria sorte
Minha promessa é de não abandonar-te
Por mais cruel esse teu amor de Colombina
Que enche meus olhos de dúvida
Mas preenche meus risos de arte.
quinta-feira, 22 de março de 2012
PAIXÃO
Paixão, sempre a paixão
O quão adorável e maluca ela pode ser
Um tanto maligna e prazerosa
Um livro para minhas paixões
Mil contos, infinitos versos
Canções melosas, sussurros ao pé do ouvido
Suspiros perdidos pelo ar
Paixão juvenil de encher os olhos
Paixões perigosas e fatais
Diga-me qual é a tua?
Digo-te, único tu não és
Vibrantes, tímidas, platônicas
Sorriso armado no sol da manhã
Triste lágrima em pleno luar
Diga-me o quão racional pode ser a tua
Eu digo o quão tolo tu és
Aponte-me a raiz permanente
Eu te digo apenas galhos sem direção
Teus pés ao vento, tua cabeça virada
Diga-me tuas razões
Mas não invente o que não possui
Paixões do acaso, olhares
Qual olhar seduz o alvo a que se atira
Teu outro sentido mistério sente a paixão
E clama, imploro, prolifera
Teu canto paixão que conduz.
segunda-feira, 19 de março de 2012
O GRANDE AMOR
Ouvi dizer que teu olhar se encantou pelo meu
Que o meu amor sabe tudo do teu
Que a nossa estrada ao longe se vai
Não perde tempo e nem olha para trás
Ouvi dizer que tu roubaste o perfume da flor
Capturaste a leveza do ar
Que tu dançaste ao balanço das ondas
No vai e vem do mar nos meus sonhos
Eu vou gritar pelos cantos do mundo
Que eu vi nascer em toda parte
E brotar a cada segundo
O meu amor que se alimenta de tudo que é teu
Que cresce as margens do que prometeu
E se entristece ao som de um adeus
Pobre amor que não sabe ao menos sofrer
E não agüenta a dor de perder
O grande amor, meu grande amor que é você.
sexta-feira, 16 de março de 2012
PONTO FINAL
segunda-feira, 12 de março de 2012
DUAS
quarta-feira, 7 de março de 2012
VERSINHOS FATÍDICOS
domingo, 4 de março de 2012
SEGUINDO EM FRENTE
E a vida vai seguindo assim mesmo
Aceitamos com o tempo que perder é aceitável
E com o passar dos dias fica tudo mais calmo e limpo
As dores causadas por lembranças antigas
Hoje só lembrança, guardo como pedaços de mim
Tudo que fiz é de alguma maneira o que sou
Nada de arrependimentos, não ajuda no que ainda virá
Sei que de certo mudaria muitas coisas
Mas não vejo o porquê perder tempo pensando no que já foi marcado
Respiro o hoje, meus conflitos são reais e não fantasmas do passado
O sol da manhã me esquenta nesse momento
Assim como as lagrimas passadas secaram e cicatrizaram
Vejo sorrisos antes de dormir, ele é meu assim que acordo
Sou eu que guardei, a responsabilidade é toda minha
Tenho o direito de escolher como vai ser
Leque de opções não ofusca o que realmente importa
E se tiver que cair, que levante
E se tiver que chover, que molhe
Hoje a segurança enche meu peito de conforto
Qualquer coisa pode me atingir, é certo
Ainda assim estarei de peito aberto
Depois do medo serei somente eu
Depois da tragédia acredite, estarei de pé
O que quer que eu faça, fiz escolhas
Por onde quer que eu ande, caminharei em frente
É assim que escrevo meus passos
Tudo que pode ser, tudo que ainda chegar
Olharei com prazer, sentirei com prazer
É somente eu e o resto todo.
sábado, 3 de março de 2012
CANTIGA PRA ELA VOLTAR
sexta-feira, 2 de março de 2012
ASPEREZA
Que doce ilusão é essa que ainda me faz sonhar e esperar
Porque quando me deito enrolo em suas lembranças
Que fracasso é esse no peito que me corta os pensamentos
Não sei mais onde me escondo
Preciso desertar minhas palavras e todos os sons
Agonia profunda de ter momentos ao qual me apoiar
Se escolha tivesse talvez mudasse o tempo de lealdade
Sua presença não ficou pregada em mim, você não está
Mas a essência daquilo que não explico me sufoca em aspereza
É o que significa que ainda envolve meus sentidos embriagados
E gotas raras de esperança ainda esperam
O caminhar normal não é mais possível
Houve um dia em que encontrei
Haverá um dia de reencontro.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
AMOR EM OPÇÃO
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
NEM TUDO É GRAÇA
Nem todo amor é pra sempre
Nem toda aventura me diverte
Tenho disso meu ponto de partida
Nem toda dor fere
Nem toda saudade é ausente
Tenho em mim tudo que preciso pra ser contente
Das histórias, das músicas...
Vive em mim o que se faz presente
Nem tudo que passa cicatriza
Nem toda jura é permanente
Nem toda paixão enlouquece
Nem toda amizade é coerente
Então digo,
Nem tudo é como sente
Nem todas as palavras são interpretadas corretamente
Deixe solto, leve aquilo que te faz envolvente
Porque nem tudo é graça.
Nem tudo parece o que é realmente.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
AURORA
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
DA PAZ A TODA DESORDEM
Com você da minha paz a toda desordem
Curtos passos teus a me seguir
Que direi eu ao sentir a prosa cortante
Meus calos já são escudos falhos
Minha voz não é porta do que era antes
Doce, era doce, amarga presença distante
Enche-me os olhos dessa pobre agonia
A farsa de todos os dias tem seu filho, a dor
Breve esse teu meu futuro ancorado no vento
Dos apegos me desapego
Das falsas lembranças me alimento
Hoje é dia da verdade dita
Não sei se vale mais a palavra ou a mentira
Das lágrimas arrastadas aos sorrisos distorcidos
Bem valho mais eu em contra partida
Em cada gesto encontro partes do partido
A cada ato me encontro mais em teu fluído
Esse laço ta solto e o nó ta desmedido
Parte minha quer voar pra todo desconhecido
A parte que é tua quer aninhar em teu abrigo
Valente aquele que sabe qual é teu caminho
Eu espero das noites os dias
Da estrada quero a travessia
Põe-se na caminhada e segue meu guia
Preciso das nuvens que me voam
Mas quero de ti as pedras que piso.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
UMA TAÇA DE VINHO, DOIS TOMATES E UM PEPINO
Era um dia qualquer, uma tarde qualquer que virara noite, assim como outra qualquer. Uma tarde sem glamour e sem expectativas demasiadas, não era quente nem frio, era apenas final de tarde e começo de noite.
A casa silenciosa e quieta as poucos se encontrava aos murmúrios baixinhos, ora de um canto e ora de outro. Nada de novo e nada de tão belo que merecesse um instante ali para ficar marcado, era apenas convívio. Pessoas que chegavam e que ali também já estavam.
Comidas e bebidas de cores e vidas diferentes, assim como quem lhes faziam e serviam. Os sorrisos livres, as gafes não proibidas, tudo valia quando se juntava amigos, comidas e bebidas.
Os sons dos passos, a faca cortando os legumes da salada, a rolha que escorregava pela boca da garrafa e depois pelas pontas dos dedos da pessoa que falava. Tudo ali soava familiar, tudo estranhamente comum, a noite passava ligeira deixando rastros pela casa cheia de ruídos. Alimentavam-se entre frases não pensadas e risos não contidos.
A mesa ficando vazia aos poucos e sem pressa, acabava-se a bebida, os olhares não se penetravam mais, a madrugava servia suas últimas graças aos convidados, as palavras muitas vezes se calavam e a mesa não mais tão confortável. Chegada à hora dos abraços e olhares agradecidos por mais uma noite na companhia do calor e do abrigo.
De volta ao silêncio a casa, ainda que só, guardava as lembranças vividas, o som baixo, os aromas de cigarro e as sensações não entendidas. Do outro lado na pia, uma taça de vinho, dois tomates e um pepino.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
TUDO NOVO
Largando a roupa velha, jogando fora os restos de comida
É assim que é quando o presente não é mais como a gente imagina
Os hábitos são mudados, os pensamentos desligados
É tudo novo e tudo começa pelos novos atos
E lá vamos nós devagar e com muito medo de errar
Passos confusos e tortos por onde não esperávamos caminhar
E faz-se um novo caminho de prontidão esperando a gente passar
Melhor então é deixarmos nossas memórias pelas flores do lugar
Espinhos são secos e por mais que não queiramos há sempre de nos cortar
Levaremos o aroma doce das rosas, partiremos por onde há vento a soprar
Na bagagem traremos apenas experiência e não dores penas
O bilhete de partida é riso solto a tomar-se de nós
Lembraremos sempre que estar seguro é uma leve bruma no ar
Seguraremos no que há de melhor em cada um de nós
Viveremos por horas, minutos, segundos que nos dermos pra voar
E é tudo novo, exatamente como nós, e nada nos faltará.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
NÓS E O AMOR
Nós nascemos para o amor, isso é incontestável. Alguns temam em dizer que não, que não nasceu para amar e tudo mais, que o amor não te faz feliz, que as lágrimas não valem a pena e que não existe nenhuma tampa pra sua panela. Insisto em dizer, é pelo amor que estamos aqui, é em busca do amor que ainda caminhamos.
A o amor, sentimento nobre que se encontra em uma linha tênue com os outros, tão mais fáceis de serem explicados e entendidos. Quem nunca teve aquela vontade de se apaixonar perdidamente, cometer loucuras por esse amor, ser insano e ter o álibi de ser um amante incorrigível a seu favor.
É certo que às vezes tenho a impressão que algumas pessoas nascem para amar, e outras para serem amadas. Não sei bem como explicar isso, é só uma observação que faço. Provavelmente você que está lendo já sentiu alguma das duas sensações que descreverei aqui.
Ser amado é como se o mundo estivesse sempre a teus pés, como se os pensamentos e desejos estivessem apenas um segundo da realidade. O chão nunca é duro quando desequilibramos e quase caímos, as águas nunca são turvas e os passos nunca sozinhos. Ser amado é quente e confortável.
Mas há aqueles que amam, simplesmente amam. Atrapalho-me nas palavras tentando descrever o quão gentil e cruel pode ser amar alguém. As noites em claro só para lembrar os raros momentos, aquela vontade insistente e até masoquista de ouvir repetidamente a mesma música só porque faz lembrar o sorriso ou como andava. O jeito perturbador como a pessoa que amamos mesmo distante, está em cada detalhe do nosso dia. Amar é insanamente prazeroso.
Afirmo que a maioria de nós não consegue compreender a grandiosidade disso tudo, afirmo que é certo que amaremos ou seremos amados ao menos uma vez, talvez o amor venha a nós das duas formas, talvez não reciprocamente, talvez sim.
O conselho que dou: olhe ‘aquele’ olhar o mais profundamente que puder, prove ‘aquele’ gosto até seu sentido esgotar todo o sabor, desfrute ‘aquele’ sorriso até sua última gota, goze das virtudes de seus sentimentos, por que ‘aquele’ precisa saber de sua existência.
Não deixe que ninguém diga o que é e o que não é certo quando se trata de amor, as certezas já viraram tragédias, as incertezas já viraram belas histórias.
E eu?? Continuo apaixonada pelo amor.
APENAS AMOR!
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
COLO DA NOITE
Escrava de meu carinho apegado
Sigo em agonizante escuridão
É que às vezes me parece injusto
Dar-te tanta felicidade enquanto há dor perpétua em meu coração
Enquanto te consolo em meus braços
Meu amor se entristece
Minha força sem força padece
Meus rasos olhos transbordam toda magoa calada, doída
Em noites silenciosas meus sentidos se tomam de mim
Evitar é algo tão pensado que me esqueço
Caminhar é algo tão pesado que me perco e me deito
E os sonhos enlouquecem, reencontro em palavras meu berço
Dorme criança que essa cruz é demasiada grande para ti
Sonhe com teus versos gloriosos, há pureza na fantasia
Realidade se esvai como felicidade e não há rimas consoláveis
Vai criança, deita-te no colo da noite que amanhecendo a vida te espera.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
O JULGAMENTO
Sobre o caráter dele deixo em aberto uma pauta para análise
Retiro primeiro todo orgulho e começo a seguir minha acusação:
Sua forma arrogante circulando rapidamente a dominar o corpo
A intolerância que ele provoca diante da racionalidade
O estridente sabor que causa na língua, toda ela já mordida de obsessão
Como pode ele tão insolente entrar e sair sem permissão
E dar voltas e voltas em cada pensamento
Modificando assim cada ação
Como é negável toda sua forma de expressão
Ah, toda covardia no escuro não oprime tua exalação
Sua força alicerçada da criativa imaginação
Atreves a buscar em calos feridos teu abrigo
E planta tuas sementes e rega teus caprichos
Quando a ti descobrem, pobres
Todos já condenados a tua prisão
Peço diante dos demais sentidos tua condenação
Minha base se firma dada tanta indignação
Pois o peso dado a quem ti carregas
Não vale um quinto da tua fascinação
Junto aqui todos os sentimentos feridos
Cada um com seu Q de razão
E suplico a todos tua detenção
E se não fosse pelo calor amante
Tu ciúmes, não terias teu perdão.