Escrava de meu carinho apegado
Sigo em agonizante escuridão
É que às vezes me parece injusto
Dar-te tanta felicidade enquanto há dor perpétua em meu coração
Enquanto te consolo em meus braços
Meu amor se entristece
Minha força sem força padece
Meus rasos olhos transbordam toda magoa calada, doída
Em noites silenciosas meus sentidos se tomam de mim
Evitar é algo tão pensado que me esqueço
Caminhar é algo tão pesado que me perco e me deito
E os sonhos enlouquecem, reencontro em palavras meu berço
Dorme criança que essa cruz é demasiada grande para ti
Sonhe com teus versos gloriosos, há pureza na fantasia
Realidade se esvai como felicidade e não há rimas consoláveis
Vai criança, deita-te no colo da noite que amanhecendo a vida te espera.
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