Com você da minha paz a toda desordem
Curtos passos teus a me seguir
Que direi eu ao sentir a prosa cortante
Meus calos já são escudos falhos
Minha voz não é porta do que era antes
Doce, era doce, amarga presença distante
Enche-me os olhos dessa pobre agonia
A farsa de todos os dias tem seu filho, a dor
Breve esse teu meu futuro ancorado no vento
Dos apegos me desapego
Das falsas lembranças me alimento
Hoje é dia da verdade dita
Não sei se vale mais a palavra ou a mentira
Das lágrimas arrastadas aos sorrisos distorcidos
Bem valho mais eu em contra partida
Em cada gesto encontro partes do partido
A cada ato me encontro mais em teu fluído
Esse laço ta solto e o nó ta desmedido
Parte minha quer voar pra todo desconhecido
A parte que é tua quer aninhar em teu abrigo
Valente aquele que sabe qual é teu caminho
Eu espero das noites os dias
Da estrada quero a travessia
Põe-se na caminhada e segue meu guia
Preciso das nuvens que me voam
Mas quero de ti as pedras que piso.
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