Quero saber do teu dia
Dos teus vícios e das tuas vaidades
Quero saber a hora em que vai dormir
E se vai pensando em mim
Quero saber de cada vazio
Ocupar-me de cada espaço
Tentar descobrir um jeito de ser
Uma maneira de agir que te faça querer
Seria tão cruel se estivesse me envolvendo
Com a certeza que teu coração nunca será meu
É como se apegar a fagulhas de fogo
A um vento veloz que passa cortante
Não quero te implorar um carinho
Pra provar que posso te fazer bem
Não quero ser teu Pierrot apaixonado
Que vive a esperar pelo amor que não vem
Mas na verdade sei que na primeira lágrima
No primeiro vestígio de mínima fraqueza
Assinarei minha sentença de morte
Por deixar em teus braços minha própria sorte
Minha promessa é de não abandonar-te
Por mais cruel esse teu amor de Colombina
Que enche meus olhos de dúvida
Mas preenche meus risos de arte.
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